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segunda-feira, 14 de março de 2011

Acidente Nuclear de Pripyat

• Panorama de Prypiat em 2009.
• Prypiat é uma cidade fantasma no norte da Ucrânia, perto da fronteira com a Bielorrússia. Junto à cidade fantasma fica a central nuclear de Chernobyl, lugar onde ocorreu o maior acidente nuclear da história (em Abril de 1986).
• A cidade documenta bem a era mais tardia da União Soviética, visto que os edifícios abandonados (de apartamentos, hospitais, piscinas, etc) ainda contêm objectos desses tempos idos, como brinquedos, roupas, discos, etc. A cidade em si e os arredores não são seguros como lugar de habitação para os próximos séculos. Os cientistas supõem que os elementos radioactivos mais perigosos precisarão de 900 anos para atingir níveis que permitam ao ser humano voltar a habitar a zona.
• Entretanto, logo após o acidente nuclear, muitos se negaram a sair de lá e abandonarem suas famílias, suas casa e suas vidas, correndo enorme risco de saúde.

fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pripyat

Acidente nuclear de Chernobil


Localização do reator nuclear de Chernobil na Ucrânia.

Cidade fantasma de Pripyat com a usina nuclear de Chernobil ao fundo.

O acidente nuclear de Chernobil ocorreu dia 26 de abril de 1986, na Usina Nuclear de Chernobil (originalmente chamada Vladimir Lenin) na Ucrânia (então parte da União Soviética). É considerado o pior acidente nuclear da história da energia nuclear, produzindo uma nuvem de radioatividade que atingiu a União Soviética, Europa Oriental, Escandinávia e Reino Unido, com a liberação de 400 vezes mais contaminação que a bomba que foi lançada sobre Hiroshima.[1] Grandes áreas da Ucrânia, Bielorrússia e Rússia foram muito contaminadas,[2] resultando na evacuação e reassentamento de aproximadamente 200 mil pessoas.
Cerca de 60% de radioatividade caiu em território bielorrusso.
O acidente fez crescer preocupações sobre a segurança da indústria nuclear soviética, diminuindo sua expansão por muitos anos, e forçando o governo soviético a ser menos secreto. Os agora separados países de Rússia, Ucrânia e Bielorrússia têm suportado um contínuo e substancial custo de descontaminação e cuidados de saúde devidos ao acidente de Chernobil. É difícil dizer com precisão o número de mortos causados pelos eventos de Chernobil, devido às mortes esperadas por câncer, que ainda não ocorreram e são difíceis de atribuir especificamente ao acidente. Um relatório da Organização das Nações Unidas de 2005 atribuiu 56 mortes até aquela data – 47 trabalhadores acidentados e nove crianças com câncer da tireóide – e estimou que cerca de 4000 pessoas morrerão de doenças relacionadas com o acidente.[2] O Greenpeace, entre outros, contesta as conclusões do estudo.
O governo soviético procurou esconder o ocorrido da comunidade mundial, até que a radiação em altos níveis foi detectada em outros países. Segue um trecho do pronunciamento do líder da União Soviética, na época do acidente, Mikhail Gorbachev, quando o governo admitiu a ocorrência:
Boa tarde, meus camaradas. Todos vocês sabem que houve um inacreditável erro – o acidente na usina nuclear de Chernobyl. Ele afetou duramente o povo soviético, e chocou a comunidade internacional. Pela primeira vez, nós confrontamos a força real da energia nuclear, fora de controle.

A instalação

Usina nuclear de Chernobil atualmente.

A usina de Chernobil está situada no assentamento de Pripyat, Ucrânia, 18 quilômetros a noroeste da cidade de Chernobil, 16 quilômetros da fronteira com a Bielorrússia, e cerca de 110 quilômetros ao norte de Kiev. A usina era composta por quatro reatores, cada um capaz de produzir um gigawatt de energia elétrica (3,2 gigawatts de energia térmica). Em conjunto, os quatro reatores produziam cerca de 10% da energia elétrica utilizada pela Ucrânia na época do acidente. A construção da instalação começou na década de 1970, com o reator nº 1 comissionado em 1977, seguido pelo nº 2 (1978), nº 3 (1981), e nº 4 (1983). Dois reatores adicionais (nº 5 e nº 6, também capazes de produzir um gigawatt cada) estavam em construção na época do acidente. As quatro unidades geradoras usavam um tipo de reator chamado RBMK-1000.

O acidente


Imagem de satélite da área atingida pelo acidente.

Sábado, 26 de abril de 1986, à 1:23:58 a.m. hora local, o quarto reator da usina de Chernobil - conhecido como Chernobil-4 - sofreu uma catastrófica explosão de vapor que resultou em incêndio, uma série de explosões adicionais, e um derretimento nuclear.

Causas

Há duas teorias oficiais, mas contraditórias, sobre a causa do acidente. A primeira foi publicada em agosto de 1986, e atribuiu a culpa, exclusivamente, aos operadores da usina. A segunda teoria foi publicada em 1991 e atribuiu o acidente a defeitos no projeto do reator RBMK, especificamente nas hastes de controle. Ambas teorias foram fortemente apoiadas por diferentes grupos, inclusive os projetistas dos reatores, pessoal da usina de Chernobil, e o governo. Alguns especialistas independentes agora acreditam que nenhuma teoria estava completamente certa. Na realidade o que aconteceu foi uma conjunção das duas, sendo que a possibilidade de defeito no reator foi exponencialmente agravado pelo erro humano.
Porém o fator mais importante foi que Anatoly Dyatlov, engenheiro chefe responsável pela realização de testes nos reatores, mesmo sabendo que o reator era perigoso em algumas condições e contra os parâmetros de segurança dispostos no manual de operação, levou a efeito intencionalmente a realização de um teste de redução de potência que resultou no desastre. A gerência da instalação era composta em grande parte de pessoal não qualificado em RBMK: o diretor, V.P. Bryukhanov, tinha experiência e treinamento em usina termo-elétrica a carvão. Seu engenheiro chefe, Nikolai Fomin, também veio de uma usina convencional. O próprio Anatoli Dyatlov, ex-engenheiro chefe dos Reatores 3 e 4, somente tinha "alguma experiência com pequenos reatores nucleares".
Em particular:
• O reator tinha um fração de vazio positivo perigosamente alto. Dito de forma simples, isto significa que se bolhas de vapor se formam na água de resfriamento, a reação nuclear se acelera, levando à sobrevelocidade se não houver intervenção. Pior, com carga baixa, este coeficiente a vazio não era compensado por outros fatores, os quais tornavam o reator instável e perigoso. Os operadores não tinham conhecimento deste perigo e isto não era intuitivo para um operador não treinado.
• Um defeito mais significativo do reator era o projeto das hastes de controle. Num reator nuclear, hastes de controle são inseridas no reator para diminuir a reação. Entretanto, no projeto do reator RBMK, as pontas das hastes de controle eram feitas de grafite e os extensores (as áreas finais das hastes de controle acima das pontas, medindo um metro de comprimento) eram ocas e cheias de água, enquanto o resto da haste - a parte realmente funcional que absorve os nêutrons e portanto pára a reação - era feita de carbono-boro. Com este projeto, quando as hastes eram inseridas no reator, as pontas de grafite deslocavam uma quantidade do resfriador (água). Isto aumenta a taxa de fissão nuclear, uma vez que o grafite é um moderador de nêutrons mais potente. Então nos primeiros segundos após a ativação das hastes de controle, a potência do reator aumenta, em vez de diminuir, como desejado. Este comportamento do equipamento não é intuitivo (ao contrário, o esperado seria que a potência começasse a baixar imediatamente), e, principalmente, não era de conhecimento dos operadores.
• Os operadores violaram procedimentos, possivelmente porque eles ignoravam os defeitos de projeto do reator. Também muitos procedimentos irregulares contribuíram para causar o acidente. Um deles foi a comunicação ineficiente entre os escritórios de segurança (na capital, Kiev) e os operadores encarregados do experimento conduzido naquela noite.
É importante notar que os operadores desligaram muitos dos sistemas de proteção do reator, o que era proibido pelos guias técnicos publicados, a menos que houvesse mau funcionamento.
De acordo com o relatório da Comissão do Governo, publicado em agosto de 1986, os operadores removeram pelo menos 204 hastes de controle do núcleo do reator (de um total de 211 deste modelo de reator). O mesmo guia (citado acima) proibia a operação do RBMK-1000 com menos de 15 hastes dentro da zona do núcleo.

Eventos


Vila abandonada nos arredores do acidente.

Dia 25 de abril de 1986, o reator da Unidade 4 estava programado para ser desligado para manutenção de rotina. Foi decidido usar esta oportunidade para testar a capacidade do gerador do reator para gerar suficiente energia para manter seus sistemas de segurança (em particular, as bombas de água) no caso de perda do suprimento externo de energia. Reatores como o de Chernobil têm um par de geradores diesel disponível como reserva, mas eles não são ativados instantaneamente – o reator é portanto usado para partir a turbina, a um certo ponto a turbina seria desconectada do reator e deixada a rodar sob a força de sua inércia rotacional, e o objetivo do teste era determinar se as turbinas, na sua fase de queda de rotação, poderiam alimentar as bombas enquanto o gerador estivesse partindo. O teste foi realizado com sucesso previamente em outra unidade (com as medidas de proteção ativas) e o resultado foi negativo (isto é, as turbinas não geravam suficiente energia, na fase de queda de rotação, para alimentar as bombas), mas melhorias adicionais foram feitas nas turbinas, o que levou à necessidade de repetir os testes.
A potência de saída do reator 4 devia ser reduzida de sua capacidade nominal de 3,2 GW para 700 MW a fim de realizar o teste com baixa potência, mais segura. Porém, devido à demora em começar a experiência, os operadores do reator reduziram a geração muito rapidamente, e a saída real foi de somente 30 MW. Como resultado, a concentração de nêutrons absorvendo o produto da fissão, xenon-135, aumentou (este produto é tipicamente consumido num reator em baixa carga). Embora a escala de queda de potência estivesse próxima ao máximo permitido pelos regulamentos de segurança, a gerência dos operadores decidiu não desligar o reator e continuar o teste. Ademais, foi decidido abreviar o experimento e aumentar a potência para apenas 200 MW. A fim de superar a absorção de neutrons do excesso de xenon-135, as hastes de controle foram puxadas para fora do reator mais rapidamente que o permitido pelos regulamentos de segurança. Como parte do experimento, à 1:05 de 26 de abril, as bombas que foram alimentadas pelo gerador da turbina foram ligadas; o fluxo de água gerado por essa ação excedeu o especificado pelos regulamentos de segurança. O fluxo de água aumentou à 1:19 – uma vez que a água também absorve nêutrons. Este adicional incremento no fluxo de água requeria a remoção manual das hastes de controle, produzindo uma condição de operação altamente instável e perigosa.
À 1:23, o teste começou. A situação instável do reator não se refletia, de nenhuma maneira, no painel de controle, e não parece que algum dos operadores estivesse totalmente consciente do perigo. A energia para as bombas de água foi cortada, e como elas foram conduzidas pela inércia do gerador da turbina, o fluxo de água decresceu. A turbina foi desconectada do reator, aumentando o nível de vapor no núcleo do reator. À medida que o líquido resfriador aquecia, bolsas de vapor se formavam nas linhas de resfriamento. O projeto peculiar do reator moderado a grafite RBMK em Chernobil tem um grande coeficiente de vazio positivo, o que significa que a potência do reator aumenta rapidamente na ausência da absorção de nêutrons da água, e nesse caso a operação do reator torna-se progressivamente menos estável e mais perigosa.
À 1:23 os operadores pressionaram o botão AZ-5 (Defesa Rápida de Emergência 5) que ordenou uma inserção total de todas as hastes de controle, incluindo as hastes de controle manual que previamente haviam sido retiradas sem cautela. Não está claro se isso foi feito como medida de emergência, ou como uma simples método de rotina para desligar totalmente o reator após a conclusão do experimento (o reator estava programado para ser desligado para manutenção de rotina). É usualmente sugerido que a parada total foi ordenada como resposta à inesperada subida rápida de potência. Por outro lado Anatoly Syatlov, engenheiro chefe da usina Nuclear de Chernobil na época do acidente, escreveu em seu livro:
Antes de 01:23, os sistemas do controle central... não registravam nenhuma mudança de parâmetros que pudessem justificar a parada total. A Comissão...juntou e analisou grande quantidade de material, e declarou em seu relatório que falhou em determinar a razão pela qual a parada total foi ordenada. Não havia necessidade de procurar pela razão. O reator simplesmente foi desligado após a conclusão do experimento.
Devido à baixa velocidade do mecanismo de inserção das hastes de controle (20 segundos para completar), as partes ocas das hastes e o deslocamento temporário do resfriador, a parada total provocou o aumento da velocidade da reação. O aumento da energia de saída causou a deformação dos canais das hastes de controle. As hastes travaram após serem inseridas somente um terço do caminho, e foram portanto incapazes de conter a reação. Por volta de 1:23:47, o a potência do reator aumentou para cerca de 30GW, dez vezes a potência normal de saída. As hastes de combustível começaram a derreter e a pressão de vapor rapidamente aumentou causando uma grande explosão de vapor, deslocando e destruindo a cobertura do reator, rompendo os tubos de resfriamento e então abrindo um buraco no teto.
Para reduzir custos, e devido a seu grande tamanho, o reator foi construído com somente contenção parcial. Isto permitiu que os contaminantes radioativos escapassem para a atmosfera depois que a explosão de vapor queimou os vasos de pressão primários. Depois que parte do teto explodiu, a entrada de oxigênio – combinada com a temperatura extremamente alta do combustível do reator e do grafite moderador – produziu um incêndio da grafite. Este incêndio contribuiu para espalhar o material radioativo e contaminar as áreas vizinhas.
Há alguma controvérsia sobre a exata sequência de eventos após 1:22:30 (hora local) devido a inconsistências entre declaração das testemunhas e os registros da central. A versão mais comumente aceita é descrita a seguir. De acordo a esta teoria, a primeira explosão aconteceu aproximadamente à 1:23:47, sete segundos após o operador ordenar a parada total. É algumas vezes afirmado que a explosão aconteceu antes ou imediatamente em seguida à parada total (esta é a versão do Comitê Soviético que estudou o acidente). Esta distinção é importante porque, se o reator tornou-se crítico vários segundos após a ordem de parada total, esta falha seria atribuída ao projeto das hastes de controle, enquanto a explosão simultânea à ordem de parada total seria atribuída à ação dos operadores. De fato, um fraco evento sísmico foi registrado na área de Chernobil à 1:23:39. Este evento poderia ter sido causado pela explosão ou poderia ser coincidente. A situação é complicada pelo fato de que o botão de parada total foi pressionado mais de uma vez, e a pessoa que o pressionou morreu duas semanas após o acidente, envenenada pela radiação.

Sequência de eventos

Mapa mostrando o avanço da radiação após o acidente.

• 26 de abril de 1986 - Acidente no reator 4, da Central Elétrica Nuclear de Chernobil. Aconteceu à noite, entre 25 e 26 de abril de 1986, durante um teste. A equipe operacional planejou testar se as turbinas poderiam produzir energia suficiente para manter as bombas do líquido de refrigeração funcionando, no caso de uma perda de potência, até que o gerador de emergência, a óleo diesel, fosse ativado. Para prevenir o bom andamento do teste do reator, foram desligados os sistemas de segurança. Para o teste, o reator teve que ter sua capacidade operacional reduzida para 25%. Este procedimento não saiu de acordo com planejado. Por razões desconhecidas, o nível de potência de reator caiu para menos de 1% e por isso a potência teve que ser aumentada. Mas 30 segundos depois do começo do teste, houve um aumento de potência repentina e inesperada. O sistema de segurança do reator, que deveria ter parado a reação de cadeia, falhou. Em frações de segundo, o nível de potência e temperatura subiram em demasia. O reator ficou descontrolado. Houve uma explosão violenta. A cobertura de proteção, de 1000 toneladas, não resistiu. A temperatura de mais de 2000°C, derreteu as hastes de controle. A grafite que cobria o reator pegou fogo. Material radiativo começou a ser lançado na atmosfera.
• de 26 de abril até 4 de maio de 1986 - a maior parte da radiação foi emitida nos primeiros dez dias. Inicialmente houve predominância de ventos norte e noroeste. No final de abril o vento mudou para sul e sudeste. As chuvas locais frequentes fizeram com que a radiação fosse distribuída local e regionalmente.
• de 27 de abril a 5 de maio de 1986 - aproximadamente 1800 helicópteros jogaram cerca de 5000 toneladas de material extintor, como areia e chumbo, sobre o reator que ainda queimava.
• 27 de abril de 1986 - os habitantes da cidade de Pripyat foram evacuados.
• 28 de abril 1986, 23 horas - um laboratório de pesquisas nucleares da Dinamarca anunciou a ocorrência do acidente nuclear em Chernobil.
O "sarcófago" que abriga o reator 4, construído para conter a radiação liberada pelo acidente.
• 29 de abril de 1986 - o acidente nuclear de Chernobil foi divulgado como notícia pela primeira vez, na Alemanha.
• até 5 de maio 1986 - durante os 10 dias após o acidente, 130 mil pessoas foram evacuadas.
• 6 de maio de 1986 - cessou a emissão radioativa.
• de 15 a 16 de maio de 1986 - novos focos de incêndio e emissão radioativa.
• 23 de maio de 1986 - o governo soviético ordenou a distribuição de solução de iodo à população.
• Novembro de 1986 - o "sarcófago" que abriga o reator foi concluído. Ele destina-se a absorver a radiação e conter o combustível remanescente. Considerado uma medida provisória e construído para durar de 20 a 30 anos, seu maior problema é a falta de estabilidade, pois, como foi construído às pressas, há risco de ferrugem nas vigas.
• 1989 - o governo russo embargou a construção dos reatores 5 e 6 da usina.
• 12 de dezembro de 2000 - depois de várias negociações internacionais, a usina de Chernobil foi desativada

fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_nuclear_de_Chernobil

sábado, 12 de março de 2011

Notícias de energia nuclear

Manifestantes se unem na Europa contra uso de energia nuclear após vazamento em usina no Japão
TÓQUIO - O temor de uma contaminação nuclear nas proximidades da usina Fukushima Daiichi, em Okumamachi, na província de Fukushima, após uma explosão na manhã deste sábado levou milhares de pessoas a protestar contra o uso de energia nuclear na Alemanha, na França e na Itália.


Na Alemanha, manifestantes deram as mãos e formaram uma impressionante corrente humana, que se estendeu por 45 quilômetros, ligando a usina de Neckawarstheim à cidade de Stutgart. A movimentação teve como objetivo confrontar a decisão da chanceler Ângela Merkel, que, no ano passado, prorrogou o tempo de vida das 17 usinas nucleares até 2012. Com bandeiras amarelas com os dizeres "Energia nuclear - não, obrigado", os manifestantes pediram mudança na política nuclear do país.
Em resposta ao vazamento radioativo no Japão, a chanceler alemã chamou ministros do gabinete para uma reunião neste sábado. O vazamento vem em momento difícil para Merkel, cujos aliados conservadores enfrentam três eleições estaduais em março, diante das preocupações com segurança nuclear que podem dar força a seus oponentes
No país de Sarkozy, grupos de manifestantes ecológicos renovaram seus pedidos para que a França deixe de depender de energia nuclear. Segundo eles, o vazamento nas usinas nucleares japonesas mostrou que não há garantias de segurança.
- Está claro que, quando há um desastre natural, as tais medidas de segurança falham, mesmo num país com grande avanço tecnológico. O risco nuclear não pode ser controlado - disse Cecile Duflot, líder do partido verde Europe Ecologie - Les Verts.
O temor entre os franceses é de que o incidente no Japão seja tão grave quanto o ocorrido em Chernobyl, em 1986, e com o reator da usina de Three Mile Island, na Pensilvânia, em 1979. A França tem 58 reatores nucleares espalhados por 19 estações, responsáveis por gerar quase 80% da eletricidade usada no país.
Mesmo sem ter usinas nucleares em seu país, manifestantes italianos deixaram claro que são contra o uso da energia, especialmente por causa da vulnerabilidade de seu território a terremotos. A preocupação aumentou depois de o primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, declarar que pretende que 25% da energia elétrica do país seja gerada em usinas nucleares.
O governo japonês disse que o reator da usina Fukushima Daiichi não foi afetado e que os níveis de vazamento estão caindo. Um porta-voz do Greenpeace, no entanto, afirmou que a situação é alarmante:
- A explosão em um reator pode ter liberado altas doses de radioatividade, e outros reatores parecem estar em situação crítica.
Após o vazamento no Japão, o vice-ministro de Meio Ambiente da China disse que o país não tem planos de mudar sua estratégia de desenvolvimento de energia nuclear, uma alternativa para combater a poluição preocupante causada pelo carvão.
- Tiraremos algumas lições da experiência no Japão na hora de implementar nosso planejamento de usinas. Mas a China não vai mudar seus planos de desenvolver energia nuclear -, disse Zhang.

fonte: http://extra.globo.com/noticias/mundo/manifestantes-se-unem-na-europa-contra-uso-de-energia-nuclear-apos-vazamento-em-usina-no-japao-1276238.html

Segurança do uso de fonte nuclear na geração de energia entra em discussão. Após o terremoto ainda não houve registro de vazamento radioativo
Agência Brasil

A notícia de que o governo japonês decretou situação de emergência nuclear em Fukushima, no Nordeste do Japão, depois do terremoto que atingiu o país, reacendeu a discussão sobre a segurança desse tipo de geração de energia no mundo.

A Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) informou que não houve, até o momento, registro de vazamento radioativo, mas quatro usinas nucleares foram desligadas e cerca de 2 mil moradores receberam ordens para deixar suas casas.

Para o físico e professor da Universidade de São Paulo (USP), José Goldemberg, os problemas causados às usinas nucleares por conta do terremoto no Japão mostram que não existe “segurança absoluta” no uso desse tipo de energia.

Goldemberg explica que, apesar da estrutura das usinas ser robusta, o funcionamento do reator onde a energia é gerada depende de um sistema de tubulações. “Se essa tubulação quebrar, que é o que aconteceu no Japão, e a temperatura começar a subir muito, o reator funde”.

O derretimento do reator pode, segundo o professor, liberar na atmosfera uma quantidade de radiação muito maior do que uma explosão de bomba atômica. “A quantidade de urânio consumida em um reator nucelar é muito maior do que a consumida em uma explosão nuclear”.

Apesar de não ocorrerem terremotos na região onde está o Brasil, o físico lembra que eventos menores, como um furacão, podem atrapalhar o funcionamento dos sistemas nucleares. “Essas tubulações que têm no reator são complicadas e podem ocorrer acidentes que interrompem o resfriamento”, pondera.

Devido aos riscos, Goldemberg acredita que o Brasil deva expandir a matriz energética com fontes mais seguras. “Não é uma boa ideia você ficar se envolvendo com uma tecnologia que oferece riscos que podem ser muito graves”, alertou. A melhor opção para o país, na opinião do especialista, é a construção de médias usinas hidrelétricas. Esse empreendimentos, que geram entre 300 mil kilowatts e 500 mil kilowatts, são o meio termo entre as pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e as grandes barragens, que alagam áreas muito extensas.

Também são boas opções para a matriz brasileira, de acordo com Goldemberg, a geração a partir do bagaço de cana-de-açúcar e a energia eólica, que têm um potencial expressivo no Norte e Nordeste do país. “Eu acho que explorar essas opções tornaria desnecessária a expansão do parque nuclear brasileiro”, avaliou.

Já o presidente da Associação Brasileira de Energia Nuclear (Aben), Edson Kuramoto, avaliou que o acidente no Japão não é motivo para que haja um freio na construção de novas usinas no Brasil. “Não vejo isso como impedimento à expansão do parque nuclear no país. Pelo contrário, as usinas nucleares têm se demonstrado seguras”.

Ele lembra que as usinas brasileiras possuem um sistema diferente do que é adotado nas usinas japonesas que apresentaram problemas. Aqui, é utilizado o sistema Pressurized Water Reactor (PWR), que pode ser desligado com mais segurança e tem mais opções de refrigeração de emergência que o Boiling Water Reactor (BWR), usado no Japão.

Segundo Kuramoto, tanto as usinas japonesas quanto as brasileiras são projetadas para suportar terremotos de até 6 pontos na escala Richter e têm previsão de desligamento automático no caso de emergências.

Atualmente, o Brasil tem duas usinas nucleares em operação: Angra 1 e Angra 2, que, juntas, têm potencial de geração de 2 mil megawatts. A partir de 2015, a conclusão da usina nuclear Angra 3 colocará no sistema mais 1.080 megawatts.

A intenção do governo brasileiro é definir ainda este ano as diretrizes para a construção de pelo menos mais quatro novas usinas: duas no Nordeste e duas na Região Sudeste.

fonte: http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=226720

Usinas nucleares brasileiras seguem padrões internacionais conforme o risco de tremores da região
Por Agência Brasil
Rio de Janeiro – As usinas nucleares brasileiras seguem padrões de segurança internacionais, que consideram as condições sísmicas da região onde estão instaladas, garantiu hoje (11), à Agência Brasil, o coordenador de Comunicação e Segurança da Eletronuclear, José Manuel Diaz Francisco.
O nível de sismicidade que as usinas do Brasil, localizadas em Angra dos Reis (RJ), suportam é o recomendado pela Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), órgão da Organização das Nações Unidas (ONU), que vale ainda para os Estados Unidos e a Alemanha. “E também, internamente, é o nível esperado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear [Cnen], que é o órgão regulador brasileiro”.
Nesta madrugada, a costa Nordeste do Japão foi atingida por tsunamis, em decorrência de um terremoto, e duas usinas nucleares foram afetadas diretamente, de 11 existentes na região. Como medida preventiva, todo o conjunto de unidades nucleares foi desligado automaticamente e está em processo de monitoramento.
“Inclusive, eles implementaram o plano de emergência, que é um plano preventivo, para que todos tomem conhecimento e saibam o que está acontecendo”, explicou Diaz Francisco. Todas as organizações que participam do processo estão em alerta. O Japão possui 54 usinas nucleares em operação.
Segundo o coordenador da Eletronuclear, no Brasil, a sismicidade é calculada por dados técnicos e científicos e uma das condições para o licenciamento das usinas é a aceleração da gravidade proveniente de um abalo sísmico. No Brasil, esse quesito é calculado em ponto1g (.1g). “No Japão, elas [as usinas] começam em ponto4g [.4g]. Então, o que eu tenho a dizer sobre isso é que as usinas têm um projeto, levam em consideração os possíveis abalos sísmicos daquela região. E nós podemos ter a tranquilidade de que elas têm esse projeto seguro”.
Diaz Francisco lembrou que, ao contrário do Japão, a posição das camadas de rocha no subsolo, na região do Brasil – onde há a fenda entre o país e o Continente Africano, no Oceano Atlântico – faz com que as rochas se afastem, diminuindo a possibilidade de um tsunami. Os países sul-americanos que se encontram em alerta por causa do terremoto do Japão estão localizados no Oceano Pacífico, como o Chile, por exemplo. “Mas, não do nosso lado, porque nós não temos essa possibilidade de tsunami do lado direito”, observou.
O coordenador disse que a situação do Japão será acompanhada pela Eletronuclear. Ele destacou que não houve, até o momento, registro de vazamento de material radioativo na região afetada pelo tsunami no Japão. As duas usinas que registraram anormalidades não tiveram comprometida a parte nuclear.
Diaz Francisco contou que uma delas teve um incêndio do lado da turbina, em parte convencional, e a outra apresentou um distúrbio nas linhas de transmissão, o que provocou uma perda no suprimento elétrico interno e externo. “Mesmo assim, as usinas estão dimensionadas para conseguir operar”. O coordenador disse, ainda, que não houve nenhum abalo que mexesse com a estrutura das usinas. “Isso demonstra que os projetos das usinas levam esses aspectos em consideração. Como os nossos, em Angra dos Reis, levam também”.
Edição: Lana Cristina

fonte: http://correiodobrasil.com.br/usinas-nucleares-brasileiras-seguem-padroes-internacionais-conforme-o-risco-de-tremores-da-regiao/218366/

Alagoas espera receber usina nuclear

Estado disputa instalação com Pernambuco, Bahia e Sergipe, que também têm índices críticos de pobreza
Alagoas esta na disputa pela instalação de usina nuclear, que deverá ser anunciada pelo governo federal até junho deste ano. Conforme o secretário-adjunto de Minas e Energia do governo de Alagoas, Geoberto Espírito Santo, a possibilidade de o Estados ser o contemplado com a escolha da implantação das primeiras usinas nucleares do Nordeste, diminuiria as diferenças econômicas e sócias da Região Nordeste.
– Isso seria uma espécie de equilíbrio do ponto de vista econômico e social e respaldaria, inclusive, a proposta da presidente Dilma Roussef, que em seus pronunciamentos, sempre ressalta a necessidade da diminuição dessas diferenças. Uma usina desse porte redistribuiria riquezas de todos os pontos de vista, principalmente para um Estado pobre como Alagoas – completa o secretário.
Junto com Alagoas, estão no páreo pela implantação das usinas nucleares os Estados de Bahia, Sergipe e Pernambuco. De acordo com Santo, a construção de a primeira usina nuclear do Nordeste representa a implantação de uma central nuclear composta de seis usinas com capacidade de 1.100 megawatts cada uma, estimadas em cerca de R$ 10 bilhões.
– Mas é bom deixar claro que essa será uma decisão política do governo federal porque esses quatro Estados já são locais tecnicamente definidos e habilitados para receber as usinas – destaca.
Segundo o Ministério das Minas e Energia, a central nuclear deve iniciar a construção em 2012, às vésperas da conclusão das obras da usina de Angra 3.
– Hoje não há mais temor em relação ao funcionamento de usinas nucleares. Já está mais do que comprovado que o monitoramento dos rejeitos é seguro, inclusive com o convencimento de ativistas do Greenpeace de que a energia nuclear é uma forma limpa e segura. É a fonte mais concentrada de geração de energia e a quantidade de resíduos radioativos gerados é extremamente pequena e compacta – diz Santo.
A tecnologia do processo é bastante conhecida e o risco de transporte do combustível é menor quando comparado ao gás e ao óleo das termelétricas e não necessita de armazenamento da energia produzida em baterias.
Dos quatro Estados interessados, dois, Pernambuco e Bahia, propuseram o conceito de central nuclear. Por esse conceito, a central do Nordeste teria duas usinas, uma ao lado da outra, nas margens do Rio São Francisco, na região do Sertão.
A Eletronuclear já iniciou os estudos para a localização da usina nuclear no Nordeste. Aguarda a transferência de recursos levantados com a Reserva Global Reversão (RGR), encargo cobrado nas contas de luz e administrado pela Eletrobrás. Os estudos custarão R$ 10 milhões e têm duração de até 20 meses.
Os técnicos da Eletronuclear têm preferência por um local no litoral nordestino, na faixa entre Salvador e Recife. As usinas nucleares têm vida útil de 60 anos e requerem grande volume de água para resfriamento do reator. Com as mudanças climáticas nas próximas décadas, espera-se uma redução na vazão dos rios de forma geral. Por isso, há uma inclinação dos técnicos pela instalação no litoral.
– O tempo médio de construção previsto para cada usina nuclear é de cinco anos – completou o secretário-adjunto.

fonte: http://www.canalrural.com.br/canalrural/jsp/default.jsp?uf=2§ion=Canal%20Rural&id=3224593&action=noticias

Nuvem radioativa do Japão pode atingir a Rússia

Incidente em Fukushima 1 já é considerado um acidente nuclear de nível 4



CRÉDITO: KIM KYUNG-HOON/REUTERS

Uma explosão atingiu a usina de Fukushima 1 na manhã deste sábado (12), horário local. Há o risco de que um dos reatores possa derreter



A nuvem radioativa emitida por um reator nuclear acidentado neste sábado (12) na usina de Fukushima 1, no Japão, pode atingir a península Kamtchatka, na Rússia, em menos de 24 horas. A informação é de uma dirigente local do serviço de vigilância sanitária, citada pela agência de notícias russa Ria-Novosti.

O acidente em Fukushima pode ter sido mais grave do que o previsto anteriormente. Segundo a agência japonesa de Segurança Nuclear e Industrial, o ocorrido já é classificado como um acidente nuclear de nível 4, em uma escala que vai até 7.

Natalia Jdanova disse que a nuvem de partículas radioativas “deverá atingir logo a região”, em parte por causa da direção das massas de ar e da pouca distância entre o local do incidente e o extremo leste da Rússia. A península fica a nordeste do Japão e do arquipélago russo de Kuriles.

Segundo Jdanova, medições de radioatividade são realizadas de hora em hora em 28 estações de controle russas.

Rússia se prepara para risco nuclear
O primeiro-ministro russo Vladimir Putin ordenou neste sábado (12) a execução dos planos e meios de socorro e emergência na zona oriental da Rússia, informou a agência de notícias russa Ria-Novosti. O anúncio acontece em seguida ao incidente na usina nuclear de Fukushima, no Japão.

Putin falou sobre o assunto em uma reunião com o titular da pasta de Energia, Igor Setchine, e com o responsável pela Rosatom (a agência russa de energia nuclear), Sergueï Kirienko. O encontro também contou com a participação do vice-ministro das Situações de Emergência, Rouslan Tsalikov.

- É preciso controlar com o maior cuidado possível a situação no Extremo-Oriente russo e comprovar ainda mais uma vez os meios disponíveis para enfrentar tal situação.

Putin falou sobre o assunto em uma reunião com o titular da pasta de Energia, Igor Setchine, e com o responsável pela Rosatom (a agência russa de energia nuclear), Sergueï Kirienko. O encontro também contou com a participação do vice-ministro das Situações de Emergência, Rouslan Tsalikov.

- É preciso controlar com o maior cuidado possível a situação no Extremo-Oriente russo e comprovar ainda mais uma vez os meios disponíveis para enfrentar tal situação.

As autoridades russas, no entanto, mostram-se tranqüilizadoras em relação a uma ameaça de poluição radioativa.



fonte: http://www.expressomt.com.br/noticia.asp?cod=125587&codDep=1

Energia nucelar

O que é energia nuclear?
Abaixo as diferentes definições.
• É a energia liberada quando ocorre a fissão dos átomos. Num reator nuclear ocorre em uma seqüência multiplicadora conhecida como "reação em cadeia".
• Energia de um sistema derivada de forças coesivas que contêm protons e neutrons juntos como o núcleo atômico.
• É a quebra, a divisão do átomo, tendo por matéria prima minerais altamente radioativos, como o urânio.
• Os prótons têm a tendência de se repelirem, porque têm a mesma carga (positiva). Como eles estão juntos no núcleo, comprova-se a realização de um trabalho para manter essa estrutura, implicando, em conseqüência, na existência de energia no núcleo dos átomos com mais de uma partícula. A energia que mantém os prótons e nêutrons juntos no núcleo é a ENERGIA NUCLEAR.
• Alguns isótopos de certos elementos apresentam a capacidade de, através de reações nucleares, emitirem energia durante o processo. Baseia-se no princípio que nas reações nucleares ocorre uma transformação de massa em energia. A reação nuclear é a modificação da composição do núcleo atômico de um elemento podendo transformar-se em outro ou outros elementos. Esse processo ocorre espontaneamente em alguns elementos; em outros deve-se provocar a reação mediante técnicas de bombardeamento de neutrons ou outras.
• A energia que o núcleo do átomo possui, mantendo prótons e nêutrons juntos, denomina-se energia nuclear. Quando um nêutron atinge o núcleo de um átomo de urânio-235, dividindo-o com emissão de 2 a 3 nêutrons, parte da energia que ligava os prótons e os nêutrons é liberada em forma de calor. Este processo é denominado fissão nuclear.
Existem duas formas de aproveitar a energia nuclear para convertê-la em calor: A fissão nuclear, onde o núcleo atômico se subdivide em duas ou mais partículas, e a fusão nuclear, na qual ao menos dois núcleos atômicos se unem para produzir um novo núcleo.
A energia nuclear provém da fissão nuclear do urânio, do plutônio ou do tório ou da fusão nuclear do hidrogênio. É energia liberada dos núcleos atômicos, quando os mesmos são levados por processos artificiais, a condições instáveis.
Todos os materiais são formados por um número limitado de átomos, que, por sua vez, são caracterizados pela carga elétrica de seu núcleo e simbolizados pela letra Z. Em física, a descrição adequada do átomo para a compreensão de um determinado fenômeno depende do contexto considerado. Para os objetivos deste artigo, restritos às aplicações da energia nuclear, podemos considerar o núcleo como composto de prótons, com carga elétrica positiva, e nêutrons, sem carga. Ambos são denominados genericamente núcleons. A letra Z que caracteriza cada um dos átomos, naturais ou artificiais, representa o número de prótons no núcleo.
A maior parte da massa do átomo está concentrada em seu núcleo, que é muito pequeno (10-12 cm a 10-13 cm). Prótons e nêutrons têm massa aproximadamente igual, da ordem de 1,67 x 10-24 gramas, e são caracterizados por parâmetros específicos (números quânticos) definidos pela mecânica quântica, teoria que lida com os fenômenos na escala atômica e molecular.
Os prótons, por terem a mesma carga, se repelem fortemente devido à força eletrostática. Isso tenderia a fazer com que essas partículas se afastassem umas das outras, o que inviabilizaria o modelo. Mas, como os núcleos existem, podemos concluir que deve existir uma força de natureza diferente da força eletromagnética ou da força gravitacional – e muito mais intensa que estas – que mantém os núcleos coesos.
Quanto maior a energia de ligação média (soma de todos os valores das energias de ligação dividida pelo número de partículas), maior a força de coesão do núcleo. Este artigo irá tratar da energia nuclear, que está relacionada a essa força, bem como de seus usos na sociedade.
Decaimento nuclear
O decaimento radioativo ocorre segundo as leis da probabilidade. O processo é complexo e explicá-lo aqui fugiria ao escopo deste artigo. Assim, basta saber que nele o núcleo se transforma no de um outro elemento ao ter sua carga elétrica mudada pela emissão de radiação, mudando o número de prótons e/ou nêutrons (figura 1).


Figura 1. Processo de desintegração nuclear
O decaimento pode ocorrer sucessivamente, causando uma cadeia de desintegrações, até que resulte um elemento estável. O tempo que um certo número de núcleos de um radioisótopo leva para que metade de sua população decaia para outro elemento por desintegração é denominado meia-vida do radioisótopo.
A radiação emitida no decaimento é composta de partículas e/ou radiação gama e é característica do decaimento. Assim, os radioisótopos podem ser caracterizados pelas emissões produzidas no decaimento, que servem como uma ‘assinatura’ para cada um deles.
A desintegração pelo decaimento pode ocorrer espontaneamente ou ser provocada pela instabilidade criada em núcleos estáveis, pelo bombardeio com partículas ou com radiação eletromagnética. Na natureza, os elementos apresentam-se geralmente como uma mistura de diferentes isótopos, estáveis ou radioativos. Por exemplo, o urânio, que tem 92 prótons (Z = 92), é encontrado como uma mistura de 99,3% de urânio-238 (238U, com 146 nêutrons) e 0,7% de urânio-235 (235U, 143 nêutrons), além de frações muito pequenas de outros isótopos – o número que segue o nome do elemento químico ou antecede sua sigla é o chamado número de massa (A), ou seja, a soma de seus prótons e nêutrons.
Cada isótopo instável tem sua meia-vida característica. A meia-vida do 238U é de 4,47 x 109 anos, o que significa que são necessários 4,47 bilhões de anos para reduzir à metade sua quantidade inicial. Ao decair, o 238U produz outro elemento instável, o tório-234, cuja meia-vida é de 24,1 dias. Este, por sua vez, também decai, produzindo outro isótopo instável (protactínio-234) e assim por diante, até que a estabilidade seja alcançada com a formação do chumbo com 206 núcleons (206Pb).

As vantagens e desvantagens da energia nuclear

A energia nuclear é algo muito debatido em todo o mundo, pois é algo que fazem com que pessoas tenham muitos lados para defender, a muitas vantagens e também desvantagens, mas os argumentos são fortes para os dois lados.
As vantagens do uso da energia nuclear são: Não contribui para o efeito de estufa (principal); Não polui o ar com gases de enxofre, nitrogênio, particulados, etc.; Não utiliza grandes áreas de terreno: a central requer pequenos espaços para sua instalação; Não depende da sazonalidade climática (nem das chuvas, nem dos ventos); Pouco ou quase nenhum impacto sobre a biosfera;
Grande disponibilidade de combustível; É a fonte mais concentrada de geração de energia; A quantidade de resíduos radioativos gerados é extremamente pequena e compacta; A tecnologia do processo é bastante conhecida; O risco de transporte do combustível é significativamente menor quando comparado ao gás e ao óleo das termoelétricas; Não necessita de armazenamento da energia produzida em baterias;
Já as desvantagens são menos, mas são argumentos muito fortes.
Necessidade de armazenar o resíduo nuclear em locais isolados e protegidos;
Necessidade de isolar a central após o seu encerramento; É mais cara quando comparada às demais fontes de energia; Os resíduos produzidos emitem radiatividade durante muitos anos; Dificuldades no armazenamento dos resíduos, principalmente em questões de localização e segurança; Pode interferir com ecossistemas; Grande risco de acidente na central nuclear.
Essas são algumas das vantagens e desvantagens que fazem muitas pessoas defenderem ou não essa energia nuclear, mas é preciso analisar cada ponto positivo e negativo para ver se compensa usar uma energia que pode interferir nos ecossistemas, um ecossistema que já está sendo prejudicado brutalmente por problemas do planeta terra, é por isso que nenhuma decisão deve ser tomada antes de analisar cada vantagem e desvantagem causada pela energia nuclear, uma energia também traz benefícios que ajudariam demais alguns países do mundo.

fonte: http://www.alienado.net/vantagens-e-desvantagens-da-energia-nuclear/
http://www.biodieselbr.com/energia/nuclear/energia-nuclear.htm

A invenção da Televisão

Introdução
É com entusiasmo que parto para este trabalho e tento descobrir tudo o que posso sobre este tema.
Todos nós já vimos televisão, mas será que todos nós já pensamos e nos interrogamos de quem a inventou, o trabalho que levou a fazer e a sua evolução ao longo que os anos passaram?
Pois é, quase ninguém se lembra do trabalho que dá, as pessoas que passam horas a fio para nós estarmos sentados a ver televisão…ninguém imagina, mas depois de verem este trabalho espero que passem a imaginar.

Aparecimento da televisão
O aparecimento da televisão deve-se a grandes matemáticos e físicos, pertencentes às ciências exata que entregaram para as ciências humanas um grande e poderoso veículo. Desde o início do século XIX, os cientistas estavam preocupados com a transmissão de imagens à distância e foi com invento de Alexander Bain, em 1842, que se obteve a transmissão telegráfica de uma imagem (fac-símile), atualmente conhecido como fax.
Em 1817, o químico sueco Jons Jacob Berzelius descobriu o selênio, mas só 56 anos depois, em 1873, que o inglês Willoughby Smith comprovou que o selênio possuía a propriedade de transformar energia luminosa em energia elétrica. Através desta descoberta pode-se formular a transmissão de imagens por meio da corrente elétrica.
Em 1884, o jovem alemão Paul Nipkow inventou um disco com orifícios em espiral com a mesma distância entre si que fazia com que o objeto se subdividisse em pequenos elementos que juntos formam uma imagem.



Em 1892, Julius Elster e Hans Getiel inventaram a célula fotoelétrica sinal elétrico. Em que transformou cada subdivisão em 1906, Arbwehnelt desenvolveu um sistema de televisão por raios catódicos, sendo que o mesmo ocorreria na Rússia por Boris Rosing. O sistema empregava a exploração mecânica de espelho somada ao tubo de raios catódicos. Em 1920, realizaram-se as verdadeiras transmissões, graças ao inglês John Logie Baird, através do sistema mecânico baseado no invento de Nipkow. Quatro anos depois, em 1924, Baird transmitiu contornos de objetos à distância e no ano seguinte, fisionomias de pessoas. Já em 1926, Baird fez a primeira demonstração no Royal Institution em Londres para a comunidade científica e logo após assinou contrato com a BBC para transmissões experimentais. O padrão de definição possuía 30 linhas e era mecânico.



Nesse período, em 1923, o russo Wladimir Zworykin descobriu o iconoscópio, invento que utilizava tubos de raios catódicos. Em 1927, também Philo Farnsworth descobriu um sistema dissecador de imagens por raios catódicos, mas com nível de resolução não satisfatório. Zworykin foi convidado pela RCA a encabeçar a equipe que produziria o primeiro tubo de televisão, chamado orticon, que passou a ser produzido em escala industrial a partir de 1945.



Em Março de 1935, emite-se oficialmente a televisão na Alemanha, e em Novembro na França, sendo a Torre Eiffel o posto emissor.



Em 1936, Londres utiliza imagens com definição de 405 linhas e inaugura-se a estação regular da BBC. No ano seguinte, três câmaras eletrônicas transmitem a cerimônia da Coroação de Jorge VI, com cerca de cinqüenta mil telespectadores.
Na Rússia, a televisão começa a funcionar em 1938 e nos Estudos Unidos, em 1939. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha foi o único país europeu que a manter a televisão no ar.
Paris voltou com as transmissões em Outubro de 1944, Moscou em Dezembro de 1945 e a BBC em Junho de 1946, com a transmissão do desfile da vitória. Em 1950, a França possuía uma emissora com definição de 819 linhas, a Inglaterra com 405 linhas, os russos com 625 linhas e Estados Unidos e Japão com 525 linhas. Em Setembro desse mesmo ano, inaugura-se a TV Tupi de São Paulo, pertencente ao jornalista Assis Chateaubriand, dono dos Diários Associados, com sistema baseado no americano.
Em resumo pode-se dizer que a câmara de TV capta as imagens, decompondo-as em sinais elétricos que são mandados para um centro eletrônico, o modelador (aparelho que modula as ondas em um oscilador). Os sinais são enviados em forma de ondas por uma grande antena transmissora que é encaminhada ao aparelho receptor que desfaz os sinais, recompondo-os na sua posição original, reproduzindo na tela a imagem transmitida.
A formação da imagem é instantânea. O dispositivo eletrônico utiliza-se de pontinhos, ao invés de linhas, conseguindo desenhar o frame (imagem) inteiro a cada 1/25 de segundo. Para transmitir a imagem de um lugar para o outro se utilizou antenas, mas como mas como as ondas são em linha reta ficou difícil transmitir para o outro lado do globo terrestre, devido à curvatura, procurando deste modo uma solução espacial. Em 23 de Julho de 1962, a primeira transmissão via satélite, o satélite artificial Telstar, lançado pela NASA dos E.U.A.
O progresso da engenharia espacial e das telecomunicações permitiu lançar satélites em órbita à volta da Terra. São eles que garantem as transmissões televisivas e as comunicações telefônicas intercontinentais que permitem comunicar um mesmo sinal em todo o mundo ao mesmo tempo.




Início das transmissões em cores
As transmissões regulares a cores nos E.U.A., começaram em 1954. Mas já em 1929, Hebert Eugene Ives realizou, em Nova Iorque, as primeiras imagens coloridas com 50 linhas de definição por fio, cerca de 18 frames por segundo. Peter Goldmark aperfeiçoou o invento mecânico fazendo demonstrações com 343 linhas, a 20 frames por segundo, em 1940.
Vários sistemas foram criados, mas todos iam de encontro a uma forte barreira: se um sistema novo surgisse, o que fazer com os aparelhos antigos a preto e branco que já eram cerca de 10 milhões no início dos anos 50? Criou-se nos Estados Unidos um comitê especial para, no sentido literal, colocar cor no sistema preto e branco. Esse comitê recebeu o nome de Nacional Television System Committee (também conhecido como National Television Standards Committee), cujas iniciais serviam para dar nome ao novo sistema, NTSC. O sistema desenvolvido baseava-se em utilizar o padrão a preto e branco que trabalhava com níveis de luminância (Y) e acrescentaram a cronomância (C), ou seja a cor. O princípio de captar e receber as imagens em cores está na decomposição da luz branca em três cores primárias que são o vermelho (R de red), o verde (G de green) e o azul (B de blue). Numa proporção de níveis de 30% de R, 59% de G e 11% de B. Na recepção o processo é inverso, a imagem compõem-se através da somatórias das cores de pixel, ou seja, nos pontos da tela do televisor.

Em 1967, entra em funcionalidade, na Alemanha, uma variação do sistema americano, resolvendo algumas debilidades desse sistema que recebeu o nome de Phase Alternation Line, dando as iniciais para o sistema PAL.
Nesse mesmo ano, entrou na França o SECAM (Séquentille Coleur à Memoire), mas não compatível com o sistema a preto e branco francês.
A primeira transmissão oficial a cores no Brasil deu-se em 31 de Março de 1972. O desenvolvimento da TV foi tão grande que os canais disponíveis de VHF (Very High Frequency, isto é, freqüência bastante alta) ficaram saturados, ampliando assim a utilização da faixa de UHF (Ultra High Frequency, isto é, freqüência ultra-alta). Assim os fabricantes de televisores foram obrigados a construir um aparelho capaz de captar todos os canais para que os programas da faixa de UHF ficassem acessíveis.
A transmissão de um programa ao vivo exige a participação de uma equipe numerosa e altamente qualificada que se pode dividir em quatro grupos: pessoal da cena, controle de cor e iluminação, controle de som e direção. Todos figuram nesse esquema de um estúdio atual.

De onde vêm as imagens de televisão?



Como eram as primeiras televisões?
As primeiras televisões eram como a que se encontra na imagem e eram uns autênticos imóveis. Embora o ecrã fosse pequeno e as imagens de fraca qualidade, os componentes eletrônicos necessários requeriam grandes espaços.

Como são hoje as televisões?

Hoje as televisões não têm nada haver com as primeiras, agora têm uma imagem bastante nítida e a cores e são perfeitamente móveis, existem vários tamanhos uns mais pequenos (na figura) e outros maiores comos os plasmas.

Porque não nos devemos sentar muito perto da televisão?

Estar perto da televisão é bastante prejudicial para a nossa visão, pois os nossos olhos são bastantes sensíveis. E assim arriscamo-nos a um dia termos que usar óculos. E para além disso se estivermos em pé “coladinhos” ao ecrã não deixamos os outros verem televisão.



Conclusão

Com este trabalho aprendi bastante, nunca pensei que fossem precisas tantas pessoas para descobrir com se fazia uma televisão e que levasse tantos anos até ficar bem perfeita

Fiquei satisfeita porque consegui cumprir os meus objectivos tal como pretendia, mas acho que só faltou descobrir uma coisa, já sei como foram as televisões no passado, com são no presente mas como serão no futuro?...



Bibliografia

-Minha Primeira Biblioteca; Marus Editores; Amsterdam; 1991; Volumes: Coisas que nos rodeiam, A vida dia a dia, A origem das coisas, Artes e Música e Inventos.

-Enciclopédia Pedagógica Universal; Hipelivro; Matosinhos; 2002; Volumes: 4, 5, 20, 24.

-Nova Enciclopédia Portuguesa; CIL; Alfragide; 1996; Volume XII.

-O Mundo do Saber; Editora Delta; Rio de Janeiro; 1972; Volume: 2.

-Portugal Século XX; Circulo de Leitores; Volume: Crónica de imagens 1950-1960.

-Enciclopédia Luso-Brasileira da Cultura; Verbo; Lisboa; 1975; Volume: 17.

-http://www.ep-minas-borralha.rcts.pt/radio.htm/

-http://www.adorofisica.com.br/

fonte: http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/eductecnol/eductecnol_trab/invenctelevisao.htm

Exercícios de termologia, calorimetria e mudança de fase

1. Um gás solidifica-se na temperatura de 25 K. Qual o valor desse ponto de solidificação na escala Celsius?
2. Uma forma de aumentar a temperatura de um corpo é através do contato com outro que esteja mais quente. Existe outra forma? Dê um exemplo.
3. O que você entende por "zero absoluto"? Qual o valor desta temperatura na escala Celsius?
4. Como você poderia medir a temperatura de um lápis, de um grão de areia e de um fio de cabelo?
5. Um líquido está a uma temperatura de 59o F. Qual é esta temperatura na escala Kelvin?
6. A temperatura de ebulição de uma substância é 88 K. Quanto vale esta temperatura na escala Fahrenheit?
7. Determine a quantidade de calor que 200 g de água deve perder para que sua temperatura diminua de 30o C para 15o C. O calor específico da água é 1 cal/ g. oC.
8. Um corpo de massa 50 gramas recebe 300 calorias e sua temperatura sobe de 10o C até 30o C. Determine o calor específico da substância que o constitui.
9. Mil gramas de glicerina, de calor específico 0,6 cal/ g. oC, inicialmente a 0o C, recebe 12000 calorias de uma fonte. Determine a temperatura final da glicerina.
10. Uma substância de massa 200 g absorve 5000 cal durante a sua ebulição. Calcule o calor latente de vaporização.
11. Uma pessoa está cozinhando batatas em uma panela aberta com "fogo baixo". Quando a água entra em ebulição, desejando abreviar o tempo necessário para o cozimento, essa pessoa passa a chama para "fogo alto". Ela conseguirá cozinhar as batatas mais depressa? Explique.
12. Onde se demora mais para cozinhar feijão: numa panela aberta no Rio de Janeiro (nível do mar) ou em La Paz (4.000 m de altitude).
13. Qual a quantidade de calor que 50 g de gelo a -20o C precisam receber para se transformar em água a 40o C? Dado: cgelo = 0,5 cal/g. oC; cágua = 1 cal/g. oC; é LF = 80 cal/g.
14. Têm-se 20 g de gelo a -10o C. Qual a quantidade de calor que se deve fornecer ao gelo para que ele se transforme em água a 20o C? Dado: cgelo = 0,5 cal/g. oC; cágua = 1 cal/g. oC; é LF = 80 cal/g.
15. Em um certo local, observa-se que a água, em uma panela aberta, entra em ebulição a 80o C. Esse local está abaixo ou acima do nível do mar? Explique.
16. Para cozer um determinado alimento, devemos mergulhá-lo em certa quantidade de água pura e submetê-lo por algum tempo à temperatura de 120o C. Que providência devemos tomar para cozê-lo?
17. Para esfriar um refrigerante, você usaria gelo a 0o C ou água a 0o C?

AQUECIMENTO GLOBAL: UMA VISÃO CRÍTICA

Luiz Carlos Baldicero Molion

RESUMO
Nos últimos 150 anos, a temperatura média global aumentou em cerca de 0,7°C. Esse aumento está sendo atribuído à intensificação do efeito-estufa pelas atividades antrópicas, como queima de combustíveis fósseis e florestas tropicais, que emitem CO2- um dos gases de efeito-estufa, porém não o mais importante – e teriam elevado sua concentração de 280 ppmv para 380 ppmv no mesmo período. Discutiu-se criticamente a hipótese do aquecimento global antropogênico, demonstrando que ela carece de bases científicas sólidas e está fundamentada principalmente em resultados de modelos de clima (MCG), cujas equações matemáticas não representam adequadamente os processos físicos que ocorrem na atmosfera, particularmente o ciclo hidrológico. Ou seja, as projeções futuras dos MCG, resultantes de cenários hipotéticos, são meros exercícios acadêmicos, não confiáveis e, portanto, não utilizáveis para o planejamento das atividades humanas e o bem-estar social. Argumenta-se que a influência humana no clima, se existir, seja muito pequena e impossível de ser detectada em face de sua grande variabilidade natural. Considerando essa variabilidade, é muito provável que ocorra um resfriamento global nos próximos 20 anos ao invés de um aquecimento.

Existem evidências que o clima, entre cerca de 800 a 1200 DC, era mais quente do que o de hoje. Naquela época, os Nórdicos (Vikings) colonizaram as regiões do Norte do Canadá e uma ilha que foi chamada de Groelândia (Terra Verde) e que hoje é coberta de gelo (!?). Entre 1350 e 1850, o clima se resfriou, chegando a temperaturas de até cerca de 2°C inferiores às de hoje, particularmente na Europa Ocidental. Esse período é descrito na Literatura como “Pequena Era Glacial”. Após 1850, o clima começou a se aquecer lentamente e as temperaturas se elevaram. Portanto, não há dúvidas que ocorreu um aquecimento global nos últimos 150 anos. A questão que se coloca é se o aquecimento observado é natural ou antropogênico?

A hipótese do efeito-estufa intensificado é, portanto, fisicamente simples: mantidos a produção de energia solar e o albedo planetário constantes, quanto maior forem às concentrações dos GEE, menor seria a fração de radiação de ondas longas, emitida pela superfície, que escaparia para o espaço (redução do fluxo de ROL) e, conseqüentemente, mais alta a temperatura do Planeta.

O próprio IPCC concorda que o primeiro período de aquecimento, entre 1920 e 1946, pode ter tido causas naturais, possivelmente o aumento da produção de energia solar e a redução de albedo planetário, discutidas mais abaixo. Antes do término da Segunda Guerra Mundial, as emissões decorrentes das ações antrópicas eram cerca de 6% das atuais e, portanto, torna-se difícil argumentar que os aumentos de temperatura, naquela época, tenham sido causados pela intensificação do efeito-estufa pelas emissões antrópicas de carbono. A polêmica que essa série de anomalias tem causado reside no fato de o segundo aquecimento, a partir de 1977, não ter sido verificado, aparentemente, em todas as partes do Globo.

Finalmente, um aspecto muito importante é que as séries de 150 anos
são curtas para capturar a variabilidade de prazo mais longo do clima. O período
do final do Século XIX até as primeiras décadas do Século XX foi o final da
“Pequena Era Glacial”, um período frio, bem documentado, que perdurou por
cinco séculos. E esse período coincide com a época em que os termômetros
começaram a ser instalados mundialmente. Portanto, o início das séries
instrumentais de 150 anos, utilizada no Relatório do IPCC, ocorreu num período
relativamente mais frio que o atual e leva, aparentemente, à conclusão errônea
que as temperaturas atuais sejam muito altas ou “anormais” para o Planeta.
Concluiu-se que existem problemas de representatividade, tanto espacial como
temporal, das séries de temperatura observadas na superfície da Terra, o que
torna extremamente difícil seu tratamento e sua amalgamação em uma única
série. E que estações climatométricas de superfície, portanto, são inadequadas
para determinar a temperatura média global da atmosfera terrestre, se é que se
pode falar, cientificamente, numa “temperatura média global”.

Modelos de clima global (MCG) são programas de computador que utilizam equações ou expressões matemáticas para representar os processos físicos diretos e os de realimentação e/ou interação (“feedback”) entre os diversos componentes do sistema terra-oceano-atmosfera com a finalidade de simular ou avaliar a resposta do sistema climático sob um forçamento radiativo (aumento ou diminuição do fluxo de energia). Os processos de feedback são definidos como mecanismos físicos que amplificam (feedback positivo) ou reduzem (feedback negativo) a magnitude da resposta do sistema climático para um dado forçamento radiativo.

Em resumo, a variabilidade natural do Clima não permite afirmar que o aquecimento de 0,7°C seja decorrente da intensificação do efeito-estufa causada pelas atividades humanas, ou mesmo que essa tendência de aquecimento persistirá nas próximas décadas, como sugerem as projeções produzidas pelo Relatório da Quarta Avaliação do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC). A aparente consistência entre os registros históricos e as previsões dos modelos não significa que o aquecimento esteja ocorrendo. Na realidade, as características desses registros históricos conflitam com a hipótese do efeito-estufa intensificado. O Planeta se aqueceu mais rapidamente entre 1925-1946, quando a quantidade de CO2 lançada na atmosfera era inferior a 10% da atual, e se resfriou entre 1947-1976, quando ocorreu o desenvolvimento econômico acelerado após a Segunda Guerra Mundial. Dados dos MSU a bordo de satélites não confirmaram um aquecimento expressivo pós-1979, que é aparente na série de temperatura obtida com termômetros de superfície. No Sumário para Formuladores de Políticas do IPCC, publicado em fevereiro de 2007, afirmou-se que concentração de CO2 aumentou de 35% nos últimos 150 anos. Porém, isso pode ter sido devido a variações internas ao sistema terra-oceano-atmosfera. Sabe-se que a solubilidade do CO2 nos oceanos depende de sua temperatura com uma relação inversa. Como a temperatura dos oceanos aumentou, devido à redução do albedo planetário e à atividade solar mais intensa entre 1925-1946, a absorção (emissão) de CO2pelos oceanos pode ter sido reduzida (aumentada) mais CO2 ter ficado armazenado na atmosfera. Portanto, não se pode afirmar que foi o aumento de CO2 que causou o aumento de temperatura. Pode ter sido exatamente ao contrário, ou seja, que o CO2 tenha aumentado em resposta ao aumento de temperatura dos oceanos e do ar adjacente.

fonte: Revista Brasileira de Climatologia

quinta-feira, 10 de março de 2011

Modelo atômico


Modelo atômico
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Modelo Atômico de Rutherford
Muitas são as teorias sobre a estrutura atômica da matéria, ou modelo atômico(PB)/Modelo Atómico(PE), . Atualmente, é o modelo da mecânica quântica ou da mecânica ondulatória ou modelo orbital ou da nuvem eletrônica aceito para definir a estrutura atômica.


Antiguidade
Na antiguidade acreditava-se que dividindo a matéria em pedaços cada vez menores, chegar-se-ia a um ponto onde partículas, cada vez menores, seriam invisíveis ao olho humano e, segundo alguns pensadores, indivisíveis. Graças a essa propriedade, receberam o nome de átomos, termo que significa indivisíveis, em grego. Foi quando surgiu entre os filósofos gregos o termo atomismo.
Parmênides propôs a teoria da unidade e imutabilidade do ser, esta, estava em constante mutação através dos postulados de Heráclito.
O atomismo foi a teoria cujas intuições mais se aproximaram das modernas concepções científicas sobre o modelo atômico.
No século V a.C. (450 a.C.) Leucipo de Mileto juntamente a seu discípulo Demócrito de Abdera, (400 a.C.), considerado o pai do atomismo grego, discorreram sobre a natureza da matéria de forma elegante e precisa.
Demócrito, propôs que a realidade, o todo, se compõe não só de átomos ou partículas indivisíveis de natureza idêntica, conforme proposto por Parmênides. Demócrito acreditava que o vácuo era um não ente. Esta tese entrou em franca contradição com a ontologia parmenídea.
Heráclito postulava que não-ente (vácuo) e matéria (ente) desde a eternidade interagem entre si dando origem ao movimento. E que os átomos apresentam as propriedades de: forma; movimento; tamanho e impenetrabilidade e, por meio de choques entre si, dão origem a objetos.
Segundo Demócrito a matéria era descontínua, portanto, ao invés dos corpos macroscópicos, os corpos microscópicos, ou átomos não interpenetram-se nem dividem-se, sendo suas mudanças observadas em certos fenômenos físicos e químicos como associações de átomos e suas dissociações e que qualquer matéria é resultado da combinação de átomos dos quatro elementos: ar; fogo; água e terra. Aristóteles, ao contrário de Demócrito, postulou a continuidade da matéria, ou, não constituída por partículas indivisíveis.
Em 60 a.C., Lucrécio compôs o poema De Rerum Natura, que discorria sobre o atomismo de Demócrito.
Os filósofos porém, adotaram o modêlo atômico de Aristóteles, da matéria contínua, que foi seguido pelos pensadores e cientistas até o século XVI d.C.

John Dalton (modelo da bola de bilhar)
O professor da universidade inglesa New College de Manchester, John Dalton foi o criador da primeira teoria atômica moderna na passagem do século XVIII para o século XIX.
Em 1803 Dalton publicou o trabalho Absorption of Gases by Water and Other Liquids, (Absorção de gases pela água e outros líquidos), neste delineou os princípios de seu modelo atômico.
Segundo Dalton:
Átomos de elementos diferentes possuem propriedades diferentes entre si.
Átomos de um mesmo elemento possuem propriedades iguais e de peso invariável.
Átomos são partículas maciças, indivisíveis e esféricas formadoras da matéria.
Nas reações químicas, os átomos permanecem inalterados.
Na formação dos compostos, os átomos entram em proporções numéricas fixas 1:1, 1:2, 1:3, 2:3, 2:5 etc.
O peso total de um composto é igual à soma dos pesos dos átomos dos elementos que o constituem.
Em 1808, Dalton propôs a teoria do modelo atômico, onde o átomo é uma minúscula esfera maciça, impenetrável, indestrutível, indivisível e sem carga. Todos os átomos de um mesmo elemento químico são idênticos. Seu modelo atômico foi chamado de modelo atômico da bola de bilhar.
Em 1810 foi publicada a obra New System of Chemical Philosophy (Novo sistema de filosofia química), nesse trabalho havia testes que provavam suas observações, como a lei das pressões parciais, chamada de Lei de Dalton, entre outras relativas à constituição da matéria.
Os átomos são indivisíveis e indestrutíveis;
Existe um número pequeno de elementos químicos diferentes na natureza;
Reunindo átomos iguais ou diferentes nas variadas proporções, podemos formar todas as matérias do universo conhecidas;
Para Dalton o átomo era um sistema contínuo. Apesar de um modelo simples, Dalton deu um grande passo na elaboração de um modelo atômico, pois foi o que instigou na busca por algumas respostas e proposição de futuros modelos. Modelo de Dalton: A matéria é constituída de diminutas partículas amontoadas como laranjas.
Joseph John Thomson
Em 1887, Joseph John Thomson formulou a teoria segundo a qual a matéria, independente de suas propriedades, contém partículas de massa muito menores que o átomo do hidrogênio. Inicialmente denominou-as de corpúsculos, depois conhecidas como elétrons. A demonstração se deu ao comprovar a existência daqueles corpúsculos nos raios catódicos disparados na ampola de crookes (um tubo que continha vácuo), depois da passagem da corrente elétrica. Através de suas experiências, Thomson concluiu que a matéria era formada por um modelo atômico diferente do modelo atômico de Dalton: uma esfera de carga positiva continha corpúsculos (elétrons) de carga negativa distribuídos uniformemente
Ernest Rutherford
As bases para o desenvolvimento da física nuclear foram lançadas por Ernest Rutherford ao desenvolver sua teoria sobre a estrutura atômica. O cientista estudou por três anos o comportamento dos feixes de partículas ou raios X, além da emissão de radioatividade pelo elemento Urânio. Uma das inúmeras experiências realizadas, foi a que demonstrava o espalhamento das partículas alfa. Esta foi base experimental do modelo atômico do chamado átomo nucleado onde elétrons orbitavam em torno de um núcleo. Durante suas pesquisas Rutherford observou que para cada 10.000 partículas alfa aceleradas incidindo numa lâmina de ouro, apenas uma refletia ou se desviava de sua trajetória. A conclusão foi que o raio de um átomo poderia ser em torno de 10.000 vezes maior que o raio de seu núcleo. Rutherford e Frederick Soddy ainda, descobriram a existência dos raios gama e estabeleceram as leis das transições radioativas das séries do tório, do actínio e do rádio O modelo atômico de Rutherford ficou conhecido como modelo planetário, pela sua semelhança com a formação do Sistema Solar. Em 1911, Ernest Rutherford propôs o modelo de átomo com movimentos planetários. Este modelo foi estudado e aperfeiçoado por Niels Bohr, que acabou por demonstrar a natureza das partículas alfa como núcleos de hélio.
Niels Bohr
A teoria orbital de Rutherford encontrou uma dificuldade teórica resolvida por Niels Bohr.
No momento em que temos uma carga elétrica negativa composta pelos elétrons girando ao redor de um núcleo de carga positiva, este movimento gera uma perda de energia devido a emissão de radiação constante. Num dado momento, os elétrons vão se aproximar do núcleo num movimento em espiral e cair sobre si.
Em 1911, Niels Bohr publicou uma tese que demonstrava o comportamento eletrônico dos metais. Na mesma época, foi trabalhar com Ernest Rutherford em Manchester, Inglaterra. Lá obteve os dados precisos do modelo atômico, que iriam lhe ajudar posteriormente.
Em 1913, observando as dificuldades do modelo de Rutherford, Bohr intensificou suas pesquisas visando uma solução teórica.
Em 1916, Niels Bohr retornou para Copenhague para atuar como professor de física. Continuando suas pesquisas sobre o modelo atômico de Rutherford.
Em 1920, nomeado diretor do Instituto de Física Teórica, Bohr acabou desenvolvendo um modelo atômico que unificava a teoria atômica de Rutherford e a teoria da mecânica quântica de Max Planck.
Sua teoria consistia que ao girar em torno de um núcleo central, os elétrons deveriam girar em órbitas específicas com níveis energizados. Realizando estudos nos elementos químicos com mais de dois elétrons, concluiu que se tratava de uma organização bem definida em orbitais. Descobriu ainda que as propriedades químicas dos elementos eram determinadas pelo orbital mais externo.
(Louis Victor Pierre Raymondi,
sétimo duque de Broglie) onde todo corpúsculo atômico pode comportar-se de duas formas, como onda e como partícula.

Erwin Schrödinger, Louis Victor de Broglie e Werner Heisenberg
Erwin Schrödinger, Louis Victor de Broglie e Werner Heisenberg, reunindo os conhecimentos de seus predecessores e contemporâneos, acabaram por desenvolver uma nova teoria do modelo atômico, além de postular uma nova visão, chamada de mecânica ondulatória.
Fundamentada na hipótese proposta por Broglie onde todo corpúsculo atômico pode comportar-se como onda e como partícula, Heisenberg, em 1925, postulou o princípio da incerteza.
A ideia de órbita eletrônica acabou por ficar desconexa, sendo substituída pelo conceito de probabilidade de se encontrar num instante qualquer um dado elétron numa determinada região do espaço.
O átomo deixou de ser indivisível como acreditavam filósofos gregos antigos e Dalton. O modelo atômico portanto, passou a se constituir na verdade, de uma estrutura mais complexa.

O atual modelo atômico
Se sabe que os elétrons possuem carga negativa, massa muito pequena e que se movem em órbitas ao redor do núcleo atômico.
O núcleo atômico é situado no centro do átomo e constituído por prótons que são partículas de Carga elétricas positiva, cuja massa é aproximadamente 1.837 vezes superior a massa do elétron, e por nêutrons, partículas sem carga e com massa ligeiramente superior a dos protões.
O átomo é eletricamente neutro, por possuir números iguais de elétrons e prótons.
O número de prótons no átomo se chama número atômico, este valor é utilizado para estabelecer o lugar de um determinado elemento na tabela periódica.
A tabela periódica é uma ordenação sistemática dos elementos químicos conhecidos.
Cada elemento se caracteriza por possuir um número de elétrons que se distribuem nos diferentes níveis de energia do átomo correspondente.
Os níveis energéticos ou camadas, são denominados pelos símbolos K, L, M, N, O, P e Q.
Cada camada possui uma quantidade máxima de electrões. A camada mais próxima do núcleo K, comporta somente dois electrões; a camada L, imediatamente posterior, oito, e assim sucessivamente.
Os elétrons da última camada (mais afastados do núcleo) são responsáveis pelo comportamento químico do elemento, por isso são denominados elétrons de valência.
O número de massa é equivalente à soma do número de prótons e nêutrons presentes no núcleo.
O átomo pode perder elétrons, carregando-se positivamente, é chamado de íon positivo (cátion).
Ao receber elétrons, o átomo se torna negativo, sendo chamado íon negativo (ânion).
O deslocamento dos elétrons provoca uma corrente elétrica, que dá origem a todos os fenômenos relacionados à Eletricidade e ao magnetismo.
No núcleo do átomo existem duas forças de interação a chamada interação nuclear forte, responsável pela coesão do núcleo, e a interação nuclear fraca, ou força forte e força fraca respectivamente.
As forças de interação nuclear são responsáveis pelo comportamento do átomo quase em sua totalidade.
As propriedades físico-químicas de um determinado elemento são predominantemente dadas pela sua configuração electrónica, principalmente pela estrutura da última camada, ou camada de valência.
As propriedades que são atribuídas aos elementos na tabela, se repetem ciclicamente, por isso se denominou como tabela periódica dos elementos.
Os isótopos são átomos de um mesmo elemento com mesmo número de prótons (podem ter quantidade diferente de nêutrons).
Os isótonos são átomos que possuem o mesmo número de nêutrons
Os Isóbaros são átomos que possuem o mesmo número de massa
Através da radioatividade alguns átomos actuam como emissores de radiação nuclear, esta constitui a base do uso da energia atômica.

Bibliografia recomendada
BOHR, Niels Henrik David; French, A P ; Kennedym P J. Niels Bohr: A Centenary Volume. Cambridge, Mass.: Harvard University Press, 1985.
BOHR, Niels Henrik David; Física Atômica e Conhecimento Humano: ensaios 1932-1957, Rio de Janeiro, Contraponto, 1962.
BOPP, F; Kleinpoppen, H. Physics of the One and Two-electron Atoms. Proceedings. Amsterdam, North-Holland Pub. Co., 1969.
BROWN, Andrew, The Neutron and the Bomb: A Biography of Sir James Chadwick, Oxford, New York, Oxford University Press, 1997.
Chadwick's article in Nature, maio 10, 1932: "The Existence of a Neutron"
DALTON, John, On the Absorption of Gases by Water and Other Liquids, Memoirs of the Literary and Philosophical Society of Manchester, Second Series, 1, 271-87 (1805).
GRIBBIN, J., À procura do gato de Schrödinger, Lisboa, Editorial Presença, 1986.
HAWKING, Stephen, Uma breve história do tempo. Do big bang aos buracos negros, Rio de Janeiro, Rocco, [1988] 2002.
HAWKING, Stephen, Buracos negros, universos-bebês e outros ensaios, Rio de Janeiro, Rocco, 1995.
HAWKING, Stephen, O Universo numa Casca de Noz, ARX, São Paulo, 2002.
HEISENBERG, Werner, Física e filosofia, Brasília, Editora da UnB, 1984.
THOMSON, Sir Joseph John, Electric discharges through gases, Ionization of gases, Radioactivity, Eletrodinamica. Cambridge [Eng.] University Press, 1928-33.
MEHRA, J.; Rechenberg, H. The historical development of quantum theory Vol.5: Erwin Schrödinger and the rise of wave mechanics (New York, 1987).
PIZA, A. F. R de T.., Schrödinger & Heisenberg. A Física além do senso comum, São Paulo, Odysseus, 2003.
RUTHERFORD, Ernest, Radio-Activity, Dover Phoenix Editions, 2004

Daniel Gabriel Fahrenheit


Fahrenheit fez muitas descobertas, mas não se tornou conhecido em todo o mundo por suas pesquisas e sim pela escala termométrica batizada com seu nome. Daniel Gabriel Fahrenheit nasceu na cidade alemã de Danzig, depois Gdansk, Polônia, em 24 de maio de 1686. Foi educado para trabalhar no comércio e viajou pela Grã-Bretanha e pelos Países Baixos. Nesse último país, conheceu o físico Willem Jacob's Gravesande. Sob sua orientação, Fahrenheit abandonou o comércio e dedicou-se à física experimental, em especial à fabricação de aparelhos meteorológicos. Após examinar todos os termômetros, barômetros, higrômetros e aerômetros a que teve acesso, decidiu aperfeiçoar as técnicas de fabricação desses instrumentos, com o objetivo de obter leituras mais precisas. Suas pesquisas sobre as possíveis causas dos resultados divergentes apresentados pelos aparelhos conduziram-no a muitas descobertas importantes. Sua contribuição mais importante, porém, foi a substituição do álcool pelo mercúrio na confecção dos aparelhos. Fahrenheit criou uma nova escala termométrica, cujo ponto mínimo (0o F) determinou utilizando uma mistura de água, gelo pilado, sal e amônia. O ponto máximo é o da ebulição da água, 212o F, e a temperatura de fusão do gelo, à pressão de uma atmosfera, corresponde a 32o F. Fahrenheit prosseguiu suas pesquisas nos Países Baixos até a morte, em Haia, em 16 de setembro de 1736.

fonte: http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_1376.html

Lord Kelvin


Físico escocês de origem irlandesa (26/6/1824-17/12/1907), criador da escala de temperaturas absolutas Kelvin. O nome deriva de seu título de barão Kelvin of Largs, outorgado pelo governo britânico em homenagem a sua descoberta, em 1892.
Nasce em Belfast, na Irlanda do Norte, filho de um matemático. Criado em Glasgow, na Escócia, inicia-se nos estudos superiores na universidade local, na qual o pai leciona. Forma-se em Cambridge e dedica-se à ciência experimental.
Em 1832 descobre que a descompressão dos gases provoca esfriamento, e cria a escala de temperaturas absolutas, cujo valor da temperatura em graus equivale ao grau Celsius mais 273,16. Trabalha como professor em Glasgow entre 1846 e 1899. Interessado no aperfeiçoamento da física instrumental, projeta e desenvolve vários equipamentos, entre eles um aparelho usado na primeira transmissão telegráfica por cabo submarino transatlântico.
Com a participação no projeto de transmissão telegráfica por cabo, acumula grande fortuna pessoal. Em 1852 observa o que hoje se chama de efeito Joule-Thomson: a redução da temperatura de um gás em expansão no vácuo. Morre em Ayrshire, na Escócia.

fonte: conteudo@algosobre.com.br

Isaac Newton


Introdução

Isaac Newton nasceu em Londres, no ano de 1643, e viveu até o ano de 1727. Cientista, químico, físico, mecânico e matemático, trabalhou junto com Leibniz na elaboração do cálculo infinitesimal. Durante sua trajetória, ele descobriu várias leis da física, entre elas, a lei da gravidade.

Vida e realizações

Este cientista inglês, que foi um dos principais precursores do Iluminismo, criou o binômio de Newton, e, fez ainda, outras descobertas importantes para a ciência. Quatro de suas principais descobertas foram realizadas em sua casa, isto ocorreu no ano de 1665, período em que a Universidade de Cambridge foi obrigada a fechar suas portas por causa da peste que se alastrava por toda a Europa. Na fazenda onde morava, o jovem e brilhante estudante realizou descobertas que mudaram o rumo da ciência: o teorema binomial, o cálculo, a lei da gravitação e a natureza das cores.

Dentre muitas de suas realizações escreveu e publicou obras que contribuíram significativamente com a matemática e com a física. Além disso, escreveu também sobre química, alquimia, cronologia e teologia.

Newton sempre esteve envolvido com questões filosóficas, religiosas e teológicas e também com a alquimia e suas obras mostravam claramente seu conhecimento a respeito destes assuntos. Devido a sua modéstia, não foi fácil convencê-lo a escrever o livro Principia, considerado uma das obras científicas mais importantes do mundo.

Newton tinha um temperamento tranqüilo e era uma pessoa bastante modesta. Ele se dedicava muito ao seu trabalho e muitas vezes deixava até de se alimentar e também de dormir por causa disso. Além de todas as descobertas que ele fez, acredita-se que ocorreram muitas outras que não foram anotadas.

Diante de todas as suas descobertas, que, sem sombra de dúvida, contribuíram e também ampliaram os horizontes da ciência, este cientista brilhante acreditava que ainda havia muito a se descobrir. E, em 1727, morreu após uma vida de grandes descobertas e realizações.

Frases de Isaac Newton:

- "Se vi mais longe foi por estar de pé sobre ombros de gigantes."
- "O que sabemos é uma gota, o que ignoramos é um oceano."
- "Eu consigo calcular o movimento dos corpos celestiais, mas não a loucura das pessoas."
- "Nenhuma grande descoberta foi feita jamais sem um palpite ousado."

fonte: http://www.suapesquisa.com/biografias/isaacnewton/

Anders Celsius



Anders Celsius foi um astrónomo sueco mundialmente conhecido pela sua escala termométrica.

Nasceu em Uppsala, na Suécia, em 27 de Novembro de 1701.

Tornou-se professor de astronomia em 1730.

Desde 1732 visitou e trabalhou na maior parte dos observatórios astronómicos europeus durante 4 anos.

Em 1736 participou na “Expedição Lapland” do astrónomo francês Maupertius a Torneå (norte da Suécia) para medir o comprimento de um grau ao longo dum meridiano próximo do pólo e compará-lo com o medido no Peru, próximo do equador. Foi confirmada a previsão de Newton de que a Terra tem a forma elipsoidal, achatada nos pólos. Celsius serviu-se do prestígio granjeado pela sua participação nesta expedição para conseguir a construção do moderno “Observatório Celsius” em Uppsala, terminado em 1741. Nesse ano publicou o livro “Aritmética para a juventude sueca”.

A escala Celsius tem origem no seu artigo “Observações sobre dois graus persistentes num termómetro” de 1742. Celsius verificou durante dois anos que o descongelamento da neve ou do gelo, em locais de diferentes latitudes e com diferentes pressões atmosféricas se verificava sempre no mesmo ponto do termómetro. Usou este “ponto fixo” como referência para 100 graus. O outro “ponto fixo” escolhido foi o correspondente à ebulição da água à pressão de 755 mm de mercúrio, a que associou 0 graus. Dividiu a distância entre os dois pontos em 100 partes iguais, obtendo assim a chamada escala Celsius para medição de temperaturas. A escolha de 0 graus para a temperatura de ebulição da água evitava o uso de temperaturas negativas. Após a sua morte, os “pontos fixos” 0 e 100 foram trocados, ficando a escala como hoje a conhecemos. Pensa-se que o autor da troca foi o fabricante de instrumentos científicos Daniel Ekström, embora também se refira o nome de Strömer e, menos seguramente, de Carl von Linné. Dada a natureza da escala, a sua unidade chamou-se “grau centígrado” durante muitos anos. Em 1948 o CIPM (Comité International des Poids et Mesures) decidiu substituir aquela designação por “grau Celsius”.

A observação do desvio duma agulha magnética levou Celsius e o seu assistente Olof Hiorter a concluírem que o fenómeno da aurora boreal tem causas magnéticas.

Celsius fez inúmeros trabalhos astronómicos, usando um sistema fotométrico da sua autoria para determinar a magnitude das estrelas. Publicou a maior parte dos seus trabalhos na Sociedade Real das Ciências de Uppsala e na Real Academia Sueca das Ciências.

Morreu de tuberculose em Abril de 1744, com 42 anos.

Em 1935 a Assembleia Geral da União Astronómica Internacional (IAU) adoptou o seu nome para a Crater Celsius, na Lua.

fonte: http://www.grupoescolar.com/materia/anders_celsius_(1701-1744).html